Polícia

Mulher é sequestrada em estacionamento da Ufba em Ondina: 'Aquelas duas horas pareciam uma eternidade'

Caso ocorreu na quinta-feira (17). Bandido rodou pela cidade com vítima, a liberou no Porto Seco Pirajá

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Vítima relatou falta de segurança na área da Ufba de Ondina (Foto: Reprodução/ TV Bahia)

Uma mulher foi sequestrada no estacionamento do campus da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro de Ondina, em Salvador, e foi obrigada a rodar por duas horas com o bandido. O crime ocorreu na quinta-feira (17).

A mulher, que preferiu não se identificar, viveu momentos de muito medo. A vítima relatou que seguia para um evento na instituição, quando foi abordada pelo bandido. Eram por volta das 18h, quando o crime ocorreu.

“Aquelas duas horas pareciam uma eternidade. Eu pedia: ‘pelo amor de Deus, me deixa ir embora. Vai embora, leva o carro, me deixa ir embora. Me ameaçava de morte, perguntava se eu queria morrer com pistola ou com arma. Passou duas horas rodando pela cidade comigo, e eu não sabia por onde a gente estava passando”, relatou.

Ainda segundo a vítima, o sequestrador saiu do estacionamento dirigindo o carro dela e ainda parou pra abastecer em um posto de gasolina. Ele usou o cartão de crédito da vítima, que teve que se esconder pra não ser vista pelo frentista. A mulher contou que a todo momento era ameaçada de morte pelo criminoso.

“Estava encostando o carro, chegando… O marginal me fez entrar no carro. Me imobilizou, me botou no banco de trás, entre um banco e outro. Ele cobriu minha cabeça, eu acho que com um saco de pano, e seguiu comigo”, disse a mulher.

“Ele me forçou a dar a senha do cartão de crédito sob ameaça que, se eu não desse, que ele ia me matar. E que ele ia usar o cartão e se a senha estivesse errada ele ia estourar minha cabeça ali mesmo”, relatou a vítima.

Duas horas depois de rodar pela cidade, o sequestrador abandonou a vítima na região do Porto Seco Pirajá, perto da BR-324, e fugiu levando o carro, todos os documentos e o celular da vítima.

A vítima disse que a segurança no local onde o crime ocorreu é bem precária. Alguns estudantes da instituição dizem o mesmo, outros se sentem seguros na área da universidade.

“Na Ufba não tem segurança nenhuma. A iluminação é muito fraca. Se tivesse segurança, se tivesse uma iluminação mais forte, pessoas circulando, ronda circulando, eu acho que isso não aconteceria”, relatou a mulher sequestrada.

A vítima disse, ainda, que o próprio bandido "brincou" com a facilidade que entrou na instituição e cometeu o crime.

“O próprio segurança que fica na entrada do portão não te pergunta nada, não anota o número de uma placa. O próprio marginal chegou para mim zoando da segurança. Ele falou: ‘Vocês não têm segurança nenhuma aqui dentro. Eu entrei armado, entrei com faca e ninguém me abordou, ninguém me perguntou nada, e vou sair daqui e não vai dar nada para mim”, contou a vítima.

Em nota, a Ufba informou que, desde o momento em que tomou conhecimento do ocorrido, presta toda a colaboração para a apuração dos fatos e as devidas providências. Ainda em nota, a instituição informou que entrou em contato com a vítima para prestar o acolhimento e a assistência institucional adequados.

O caso foi registrado na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), que fica no Iguatemi. Até a publicação desta reportagem, o carro da vítima e o suspeito do crime não tinham sido localizados.

G1 // AO