O Ministério Público de Goiás está investigando se a fraude no encaminhamento de pacientes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para Unidades de Terapia Intensiva (UTI) particulares pode ter causado a morte de pacientes, na Grande Goiânia.
Segundo as investigações, em alguns casos, o estado de saúde era agravado para provocar a internação nos hospitais. Durante a operação, batizada de “SOS Samu”, foram presas 21 pessoas.
Entre os detidos estão um membro da diretoria do Samu e donos de UTIs. Segundo o MP, o foco eram pacientes que tinham plano de saúde.
Após ser feito o atendimento de urgência pelo Samu, os socorristas entravam em contato com a central de regulação , responsável por controlar o encaminhamento das vagas das UTIs.
Ao invés de mandar o paciente a algum hospital vinculado ao SUS, encaminhavam para unidades particulares. Com isso, as UTIs ficavam cheias de pacientes, garantindo lucro para os médicos e donos dos leitos.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização (Gaeco) diz que, em alguns casos, os médicos tomaram ações que colocaram em risco a saúde dos pacientes. “Um paciente que precisava de glicose e não foi ministrado. Foi dada medicação para induzir o coma, para que ele fosse internado”, disse o coordenador da divisão, Luis Guilherme Gimes.
Fonte> G1 (AF)