Justiça decidiu que os suspeitos da morte do ex-dançarino Marcelo Tosta irão a júri popular. A decisão da juíza Gelzi Maria Almeida Souza, da 1ª Vara do Tribunal do Júri – Salvador, foi da segunda-feira (25). Marcelo Tosta foi morto a tiros, em dezembro de 2016, durante uma festa da banda A Vingadora, na casa de shows Coliseu, orla da capital baiana.
Serão julgados pelo crime os dois guardas municipais Ricardo Luiz Silva da Fonseca e Naílton Adorno do Espírito Santos. Ricardo está preso desde fevereiro deste ano e Naílton responde em liberdade.
Segundo o advogado da família de Marcelo, José Luiz de Britto Meira Junior, a decisão de que os suspeitos irão à júri popular ainda cabe recurso e, portanto, a data de julgamento ainda não foi definida. O despacho deverá ser publicado no Diário de Justiça Eletrônico e, a partir daí, a defesa dos suspeitos terão cinco dias para recorrer.
Na decisão de segunda-feira, a juíza ainda mantém a prisão preventiva de Ricardo e decide que Naílton deve permanecer respondendo pelo crime em liberdade.
A família de Marcelo comemorou a decisão judicial. "Com certeza é um desejo da familia. É a luta da gente desde o início para que eles fossem punidos. Graças a Deus conseguimos mais essa vitória", comemorou a irmã de Marcelo, Bianca Tosta.
Crime
O ex-dançarino Marcelo Tosta tinha 36 anos e foi morto no dia 3 de dezembro do ano passado. O evento que ocorria no Coliseu do Forró era o lançamento do CD da banda A Vingadora, que ficou conhecida nacionalmente com o hit "Metralhadora".
Naílton Adorno, que teria sido coautor do homicídio, foi preso logo após o ocorrido. Ele foi baleado na perna durante a confusão, que resultou na morte da vítima, e ficou em custódia no Hospital Geral do Estado (HGE), durante alguns dias. Após alta, o guarda foi encaminhado também para o Complexo Penitenciário da Mata Escura, mas solto pela Justiça após 30 dias.
Conforme a polícia, Ricardo fugiu após o crime e só foi preso no dia 24 de fevereiro deste ano. Ele foi encaminhado ao Complexo Penitenciário da Mata Escura, na capital baiana. O teor do depoimento dele não foi divulgado.
Reprodução/G1 (A/O)