O empresário preso após divulgar um vídeo íntimo da ex e fazer gravação com uma arma, ameaçando a vítima de morte, conseguiu liberdade provisória um dia após a prisão em Salvador.
A Justiça, por meio de decisão da juíza Eduarda de Lima Vidal, garantiu a liberdade provisória de Júlio Alex de Souza Garrido por meio do pagamento de dois salários mínimos e do compromisso de comparecimento trimestral, em juízo, para informar e justificar as atividades que tem desempenhado, além de proibição de se ausentar da cidade sem autorização.
O suspeito foi preso no domingo (25), e a liberdade provisória foi concedida na segunda-feira (26). A prisão em flagrante foi enquadrada como Crime do Sistema Nacional de Armas, já que foi encontrada na casa dele a pistola calibre 380 que, segundo a polícia, foi usada na gravação do vídeo que traz ameaças a ex-mulher.
Para a juíza, "os depoimentos colhidos e os documentos juntados aos autos revelam que as circunstâncias do fato não conduzem a uma medida judicial mais gravosa, apresentando-se a concessão de liberdade provisória com a medida mais adequada à hipótese, considerando que o flagranteado é tecnicamente primário, possui bons antecedentes, residência fixa e exerce trabalho lícito".
Em entrevista ao G1, a delegada Heleneci Nascimento, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), de Brotas, disse que o pedido de prisão preventiva foi expedido e executado após a constatação de grave ameaça à ex-mulher do suspeito, que com uma arma gravou um vídeo fazendo ameaças de morte por não se conformar com o fim do relacionamento.
Heleneci diz que o vídeo foi encaminhado para a irmã da vítima. "É uma coisa horripilante. Ele dizia com veemência que iria matá-la. Ainda descredibiliza as autoridades, ao dizer que ela poderia mostrar o vídeo a quem quisesse, que não tem nada a ver com a [Lei] Maria da Penha. Falava com tamanha frieza".
O site não conseguiu obter o contato da defesa do acusado até a publicação desta reportagem.
Fonte: G1 // AO