João de Deus foi condenado a mais dois anos e meio de reclusão pelo crime de violação sexual mediante fraude contra uma mulher de São Paulo. A decisão foi assinada pelo juiz Renato César Dorta Pinheiro, nesta terça-feira (25). Segundo o Tribunal de Justiça, com esta nova sentença, a pena dele por diversos crimes passa de 64 anos.
Ele, que está em prisão domiciliar por conta da pandemia da Covid-19, nega as acusações. De acordo com o Tribunal de Justiça, dez mulheres faziam parte da denúncia, no entanto, o juiz descartou as acusações em nove casos, mantendo o julgamento apenas para um deles. A condenação se refere ao abuso cometido contra a paulista, que tinha 36 anos na época do crime, ocorrido em 2018, em Abadiânia. Em nota, a defesa de João de Deus confirmou que a pena será cumprida em regime aberto.
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), segundo os advogados, relata três abusos contra a mesma mulher, tendo o primeiro fato ocorrido em junho de 2018, o segundo em 31 de agosto do mesmo ano e o último em 11 de outubro. "A defesa irá recorrer da referida sentença reforçando a inocência de João de Deus, especialmente por conta da fragilidade das provas apresentadas", informou a defesa de João de Deus.
O Ministério Público de Goiás, por meio de nota, disse que, "em razão de as vítimas não terem oferecido representação pelo crime no prazo de 6 meses após os abusos, o juiz extinguiu a punibilidade de João Teixeira de Faria em relação a nove vítimas, sem analisar se os fatos ocorreram ou não, recebendo-se a denúncia tão somente em relação a uma vítima", finalizou.