A direção da Jacauna Móveis do bairro da Pituba, em Salvador, negou as acusações de homofobia contra o gerente da loja. O caso veio à tona após o ex-vendedor Jeferson Moreira dos Santos denunciar o caso no Instagram, neste fim de semana.
No relato, o estudante de odontologia e influenciador digital, identificado nas redes sociais como Baiano Santos, afirma que foi vítima de homofobia, perseguição e, por último, agredido fisicamente dentro do estabelecimento, no final de abril.
Em comunicado enviado ao Portal Salvador FM, na manhã desta segunda-feira (22), a empresa afirmou que as acusações de homofobia não são verdadeiras.
"Não são verídicas as acusações. Estamos tomando as providências judiciais cabíveis para provar a inocência do gerente, inclusive o caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho, em segredo de justiça. Temos outros colaboradores homossexuais, que podem afirmar que jamais foram vítimas de qualquer tipo de violência ou constrangimento", diz o posicionamento.
Audiência
Uma cópia da ata de audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), ocorrida na quinta-feira (18), foi enviada pela empresa ao Portal Salvador FM. O documento apresenta o depoimento de uma ex-funcionária, afirmando "que considerava o ambiente de trabalho da filial da Pituba bom para trabalhar; que nunca presenciou atos de discriminação praticados na empresa em face do Sr. Jefferson".
A acusação de agressão não foi comentada pela empresa. A Polícia Civil informou, por meio de nota, que "de acordo com o registro, os funcionários tiveram uma discussão, que acabou com agressões físicas. Foi lavrado um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência)". Ainda segundo a PC, "o relato não faz referência a ofensas homofóbicas".
Em nota, A Jacauna Móveis escreveu: "Pela primeira vez, ao longo dos seus mais de 40 anos de existência, a empresa foi surpreendida por uma denúncia de um ex-funcionário, que foi demitido por justa causa. A marca não pratica nem compactua com nenhum tipo de preconceito e discriminação, sempre primou por uma equipe inclusiva, defendeu liberdades individuais e uma sociedade mais justa e igualitária. Ela está efetivamente colaborando com à justiça, onde parte do processo segue em sigilo, cedendo imagens, fotos e depoimentos para completa elucidação dos fatos".
Atualizada às 14h22.