Cinco detentos fugiram da cadeia de Aurelino Leal, cidade do sul da Bahia, no domingo (7), depois de renderem um carcereiro. Entre os fugitivos estão os dois irmãos que confessaram ter matado um homem na cidade, após a vítima ter cortado o Wi-Fi do local onde eles trabalhavam.
Conforme a polícia, os detentos fugiram por volta de 12h30, depois que utilizaram uma faca improvisada para prender o carcereiro dentro da cela onde estavam, no momento em que o homem abria a porta para tirar os objetos deixados no café da manhã.
Os fugitivos foram identificados como: Marcelo Silva do Nascimento (preso por porte ilegal de armas e tráfico de drogas), Moisés Silva Santos (porte ilegal de armas), Jailton Farias Paes (tráfico de drogas e porte ilegal de arma), e os irmãos Reinan Oliveira da Silva e Venício Silva Santos.
Ainda segundo a polícia, o carcereiro foi liberado por agentes policiais, depois que os vizinhos escutaram o pedido de socorro do homem e acionaram a Polícia Militar (PM).
A cadeia de Aurelino Leal tem capacidade para oito presos mas, no momento da fuga, havia 17 presos, distribuídos em quatro celas. Na manhã desta segunda-feira (8), ninguém havia sido recapturado.
Caso Wifi
Os dois irmãos foram presos após confessarem ter matado com requintes de crueldade e escondido o corpo do administrador da fazenda onde trabalhavam, em maio de 2018. Segundo a polícia, a dupla alegou ter matado a vítima porque ele teria desligado o sinal de Wi-Fi do imóvel.
Reinan Oliveira da Silva, de 20 anos, e Venício da Silva dos Santos, 18, foram presos enquanto jogavam futebol na mesma fazenda onde mataram a vítima, identificada como Miguel Mário Oliveira Santos, 51 anos. O crime aconteceu na noite do dia 21 de dezembro de 2017.
De acordo com o delegado Lane Andrade, a suspeita, entretanto, é de que os dois tenham cometido latrocínio, que é o roubo seguido de morte, e criaram a versão sobre o sinal da internet na tentativa de abrandar a pena.
Conforme o delegado, a motocicleta da vítima sumiu da fazenda no mesmo dia em que ele foi assassinado.
O corpo de Miguel foi encontrado desmembrado e enterrado em uma cova rasa, a cerca de 15 metros da casa, dentro da área fazenda. O delegado disse que a cova foi localizada dois dias após o crime.
G1 // AO