Uma das principais linhas de investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que envolve no crime o vereador Marcello Siciliano (PHS), tem nuances que expõem a complexidade do caso e o jogo de poder entre diferentes grupos de milícias.
Embora persigam a hipótese de que o vereador foi mandante do crime como uma das principais frentes para solucionar o crime, investigadores ficaram intrigados com as motivações e as ligações da testemunha-chave que apontou Siciliano como responsável pelos assassinatos. Siciliano sempre negou ter participação no crime.
Essa testemunha, um ex-miliciano cuja identidade permanece sob sigilo, afirma que Siciliano tinha interesse na execução de Marielle e que ouviu ao menos quatro diálogos em que o vereador discutiu a morte da colega e planejou o crime.
De acordo com ele, Siciliano planejou a morte com Orlando Oliveira de Araújo — conhecido como Orlando da Curicica, ex-PM preso sob acusação de chefiar uma milícia no bairro que lhe dá o apelido. O relato foi revelado pelo GLOBO no dia 8 de maio.
O Globo /// Figueiredo
stest