Mestre Moa do Katendê foi assassinado por causa de uma discussão político-partidária. A conclusão é do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que encerrou o inquérito da morte do capoeirista Romualdo Rosário da Costa, 63 anos, e encaminhou para o Ministério Público (MP-BA), na última segunda-feira (15).
Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), o barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana, 36, matou a vítima a facadas após uma discordância política.
Moa foi morto na madrugada do dia 8 de outubro, horas depois do resultado do primeiro turno das eleições, com 12 facadas, a maioria na região das costas.
O caso aconteceu após uma discussão no Bar do João, na localidade do Dique Pequeno, Engenho Velho de Brotas. Ele bebia com um irmão e um primo no local, e o crime aconteceu pouco depois da meia-noite. O autor foi preso em flagrante pela PM e confessou o assassinato.
Além do depoimento do barbeiro, a polícia também ouviu depoimentos do dono do bar onde aconteceu a morte, que fica em frente ao Dique do Tororó, e de testemunhas – todos confirmaram que posições políticas divergentes iniciaram a discussão entre Paulo Sérgio, que se declarou eleitor de Jair Bolsonaro (PSL), e Mestre Moa, que declarou ter votado em Fernando Haddad (PT).
Após Moa do Katendê anunciar seu voto, Paulo pagou a conta no bar, foi até a sua residência para pegar a arma do crime, voltou ao estabelecimento e agrediu a vítima. O primo dele, Germínio do Amor Divino Pereira, 51, também ficou ferido ao tentar evitar o assassinato. Ele ficou internado no Hospital Geral do Estado (HGE), onde passou por uma cirurgia nos ligamentos de uma das mãos, mas já teve alta e passa bem.
Correio// Figueiredo