Um crime brutal chocou a comunidade do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. A liderança quilombola e ialorixá Bernadete Pacífico foi executada a tiros dentro da própria casa.
O crime aconteceu na noite desta quinta-feira (17). Segundo relatado por testemunhas, ela estava sentada no sofá assistindo televisão, quando homens armados invadiram o imóvel e efetuaram os disparos. A vítima morreu no local.
Equipes da 22ª CIPM foram enviadas e isolaram a área do crime. A motivação e a autoria do assassinato da líder quilombola serão investigadas pela Polícia Civil.
Bernadete teve um filho assassinado há cerca de dois anos. A deputada estadual Olivia Santana (PCdoB) lamentou o ocorrido e solicitou atenção do governador Jerônimo Rodrigues no caso.
"O governador tem que determinar investigação rigorosa desses crimes abomináveis, que não podem ficar impunes. Uma perda dolorosa e irreparável! Minha solidariedade aos familiares e à comunidade", publicou Olívia no Twitter.
O chefe do Executivo estadual também se manifestou sobre o caso. "Deixo aqui meu compromisso na apuração das circunstâncias e um abraço, tanto de minha parte, quanto de Tatiana, à família e à comunidade. Não permitiremos que defensores de direitos humanos sejam vítimas de violência em nosso estado", escreveu Jerônimo Rodrigues.
SSP
Também por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública repudiou o homicídio da liderança quilombola, informando que as polícias Militar, Civil e Técnica, após tomarem conhecimento do fato, iniciaram de imediato as diligências e a perícia no local para identificar os autores do crime.
"Informações preliminares indicam que dois homens, usando capacetes, entraram no imóvel da vítima, na cidade de Simões Filho, e efetuaram disparos com arma de fogo. Detalhes sobre a dupla de homicidas podem ser enviados, com total sigilo, através do telefone 181 (Disque Denúncia da SSP)", diz a SSP.
Ministério da Igualdade Racial
O crime repercutiu no Distrito Federal. Em publicação nas redes sociais, o Ministério da Igualdade Racial informou que "está em contato com o Governo do Estado da Bahia, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Secretaria de Segurança Pública e com a Defensoria Pública do Estado para apurar melhor o caso".