Polícia

Grupo cobra júri pelo assassinato de sindicalistas

Um ato público está marcado para esta quarta-feira, 29, dia em que o crime faz 10 anos

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Cobrando julgamento dos acusados de matar o casal de sindicalistas da área de transportes Catarina Galindo e Paulo Colombiano, amigos, parentes e militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) programam um ato público para esta quarta-feira, 29, dia em que o crime faz 10 anos.

A manifestação está marcada para as 9h, em frente ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na Av. Paralela.

O grupo aponta morosidade da Justiça baiana no processo e possíveis manobras que dificultam o andamento processual promovidas pelos advogados de defesa dos acusados.
O crime, que teve grande repercussão no estado, aconteceu em 2010, quando Catarina e Paulo Colombiano foram mortos a tiros ao chegar em casa, no bairro de Brotas.

Acusados

Passados seis anos do duplo homicídio, três homens foram acusados pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) de participar do delito contra o casal a mando dos irmãos Cássio Cerqueira Santana e Claudomiro Ferreira Santana, donos da empresa Mastemed, que prestava serviços de planos de saúde ao  Sindicato dos Rodoviários da Bahia, onde Colombiano  era o responsável financeiro.

Colombiano descobriu valores abusivos na folha de arrecadação do sindicato, o que, segundo a polícia, teria motivado o crime.

"O nosso ato é pela cobrança do aceleramento do processo que está parado e sem previsão de quando pode ser resolvido", disse o secretário de comunicação do PCdoB da Bahia e irmão de Catarina, Geraldo Galindo. "Nós da família estamos procurando saber por que os acusados ainda continuam soltos", disse.

O PCdoB divulgou, por meio de nota, que o caso aguarda a designação de um procurador de justiça para que os recursos impetrados  pela defesa e acusação sejam julgados.

Tramitação

A nota ainda salientou que, caso os acusados sejam condenados, ainda cabem recursos a instâncias superiores, o que pode garantir por tempo indeterminado a liberdade dos acusados até que uma decisão definitiva seja tomada.

(Fonte: A Tarde)