Polícia

Gerente de loja de móveis na Pituba é acusado de agressão e homofobia contra funcionário

Ocorrência foi registrada pelo denunciante na 16ª Delegacia Territorial

Reprodução/Rede social
Reprodução/Rede social

Um ex-vendedor da Jacauna Móveis, localizada na Pituba, em Salvador, acusa o gerente da loja de homofobia seguida de agressões. A denúncia foi feita por Jeferson Moreira dos Santos nas redes sociais, neste sábado (20). 

De acordo com a postagem do denunciante, ele vinha sofrendo perseguições há cerca de 5 anos, quando o superior assumiu o cargo. "O gerente por muitas vezes me chamou de 'florzinha', 'maricas', dentre outros termos com cunho homofóbico", escreveu o estudante de Odontologia e influenciador digital identificado como Baiano Santos no Instagram.

Ainda segundo relatado pelo ex-funcionário, a direção da empresa foi informada sobre o ocorrido por meio de e-mail e ligações telefônicas, "mas nenhuma atitude foi tomada". Jeferson levou o caso para o Ministério Público do Trabalho (MPT), no dia 5 de maio, através de sistema de petiocionamento eletrônico.

Polícia e processo

Um novo episódio do caso aconteceu no final de abril, conforme exposto em vídeo publicado na rede social. Nas imagens, o então funcionário aparece com marcas que seriam de agressões provocadas pelo gerente. Objetos também são vistos quebrados no chão da loja.
 
"No último dia 26, imediatamente após a minha chegada na loja, o gerente me chamou de moleque e em seguida começou a me agredir com palavras até que partiu para agressão física. Ele me agrediu fisicamente dentro da loja e me aplicou uma justa causa", afirmou, ressaltando que registrou um boletim na 16ª Delegacia Territorial (DT/Pituba) e foi encaminhado para fazer exame de corpo de delito no IML.

Em conversa com o Portal Salvador FM, Jeferson contou que a ultima confusão aconteceu no início daquele expediente, após ele ter deixado a porta do estabelecimento aberta. "Ele abriu a loja, todo mundo entrou e para mim eu tinha sido o penúltimo, pensei que viria mais alguém atrás e deixei a porta aberta e subi para me arrumar. Quando eu desci foi quando ele me chamou de moleque e vagabundo. Quando eu peguei o celular para filmar foi quando ele me agrediu", contou, afirmando ter sofrido um golpe 'mata-leão' .

Procurada pela reportagem, a Polícia Civil informou, por meio da assessoria, que "de acordo com o registro, os funcionários tiveram uma discussão, que acabou com agressões físicas. Foi lavrado um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência)". Ainda segundo a PC, "o relato não faz referência a ofensas homofóbicas".

O ex-funcionário informou que um processo criminal decorrente da lesão corporal e injúria, além de um trabalhista, estão em andamento.

No domingo (21), o Portal Salvador FM procurou a empresa Jacauna, que emitiu o seguinte posicionamento: "Não são verídicas as acusações. Estamos tomando as providências judiciais cabíveis para provar a inocência do gerente, inclusive o caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho, em segredo de justiça. Temos outros colaboradores homossexuais, que podem afirmar que jamais foram vítimas de qualquer tipo de violência ou constrangimento".

*Matéria atualizada às 9h20 de 22/05/2023, após envio de resposta da empresa. 

Vídeo publicado pelo denunciante: