Onze funcionários foram resgatados de fazendas nos municípios de Jacobina (5) e Várzea Nova (6), no norte da Bahia. Equipes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), realizaram as ações após identificarem condições degradantes de trabalho nos locais.
O grupo trabalhava cortando folhas de sisal, e recebiam uma média de R$ 100 a R$ 400, exclusivamente por produção, para uma média de 44 horas de trabalho semanal.
A operação aconteceu entre os dias 22 de outubro e 2 de novembro. Os locais foram interditados.
Entre os problemas, o MTE notou que os trabalhadores não tinham registros trabalhistas; havia uma baixa remuneração salarial; medidas de segurança e saúde foram negligenciadas; local de trabalho sem sanitário e local para fazer as refeições; alojamento em péssimas condições; ausência de água potável; e alojamentos em ruínas.
O órgão revelou ainda que o alojamento onde os trabalhadores dormiam tinham paredes e pisos comprometidos e sem nenhum móvel. No local, os funcionários dormiam em pedaços de espumas jogadas no chão e não dispunham de local para armazenar e preparar as refeições. A água fornecida não era potável e ficava armazenada de maneira inadequada, em embalagens de reutilização proibida.
No banheiro, só havia um cômodo dentro de umas das casas.
Devido ao caso, máquinas de desfibramento de sisal foram interditadas e os responsáveis pelas fazendas foram notificados para regularização do vínculo com os trabalhadores, quitação das verbas rescisórias dos resgatados, além do promover o recolhimento do FGTS e as contribuições sociais previstas em Lei. Os pagamentos foram estimados em R$ 197.000,00
Já os resgatados, terão direito a três parcelas de seguro-desemprego especial.