Polícia

Familiares de PM morto por colega de farda cobram justiça: 'Que não seja mais um número na estatística'

Familiares do soldado da Polícia Militar Adailton Teixeira Melo, de 45 anos, morto a tiros por um colega de farda na madrugada de sábado (21), promoveram um ato em frente à Corregedoria da PM-BA, onde foram ouvidos, na manhã desta segunda-feira (23). Os parentes da vítima cobram celeridade na apuração do crime, ocorrido em um bar no bairro de São Rafael.

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

Familiares do soldado da Polícia Militar Adailton Teixeira Melo, de 45 anos, morto a tiros por um colega de farda na madrugada de sábado (21), promoveram um ato em frente à Corregedoria da PM-BA, onde foram ouvidos, na manhã desta segunda-feira (23). Os parentes da vítima cobram celeridade na apuração do crime, ocorrido em um bar no bairro de São Rafael, em Salvador.

"Queremos que as autoridades acompanhem e se debrucem sobre esse processo. Que meu irmão não seja mais um número na estatística de pessoas que foram assassinadas pela Polícia Militar e que não teve nenhum resultado, nenhuma investigação, e nós acreditamos na Polícia Militar e no trabalho da Polícia Civil", desabafou o irmão de Adailton, de prenome Flávio, em conversa com o PORTAL SALVADOR FM

O autor dos disparos – conhecido como soldado Brito – teve o mandado de prisão preventiva cumprido na tarde deste domingo (22), após se apresentar no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acompanhado do advogado. 

"O investigado entregou a pistola utilizada no incidente e passou pelos exames legais de praxe. Ele permanece custodiado à disposição da Justiça enquanto as investigações prosseguem. A PMBA reforça o compromisso com a transparência e a Justiça, garantindo a apuração completa dos fatos", informou a PM, por meio de nota.  

O CRIME

Segundo relatado por testemunhas, o soldado Adailton, que era lotado na 37ª CIPM (Liberdade), estava acompanhado de sua esposa, que também é policial, e de outros colegas de trabalho no momento do crime. Eles estavam de folga e foram ao bar, localizado em uma área residencial. Durante a permanência no local, uma confusão envolvendo Adailton e o suspeito teve início, resultando em uma troca de tiros.

A vítima foi atingida por três disparos: no rosto, ombro e braço. Adailton chegou a ser socorrido por colegas da corporação e encaminhado ao Hospital São Rafael, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixa dois filhos, uma menina de 6 anos e um rapaz de 19.