A Polícia Civil de Alagoas revelou, nesta terça-feira (25), que subiu para 18 o número de homicídios atribuídos a Albino Santos de Lima, ex-policial penal considerado como “o maior serial killer da história de Alagoas”.
O próprio Albino confessou o crime, fazendo com que Antônio Guilherme dos Santos, acusado injustamente pelo homicídio, possa ser libertado.
O homem iria a júri popular no dia 6 de março, acusado de matar Genilda Maria da Conceição, de 75 anos, em 2019, contudo, novas provas indicam que o “assassino de Alagoas” é o verdadeiro autor do crime, levando o Poder Judiciário a suspender o julgamento. Além da culpa de Albino, as evidências também contribuem para a inocência de Antônio Guilherme.
O crime
Em setembro de 2019, no bairro de Chã da Jaqueira, em Maceió (AL), o neto de Genilda Conceição, que tinha 10 anos na época, testemunhou o crime contra a avó.
Segundo investigações, Genilda teria denunciado a presença de usuários de drogas próximo à sua casa, o que levou a polícia a acreditar que seria o motivo da sua morte.
O retrato falado feito com o neto da vítima levou os investigadores a Albino, que foi denunciado por homicídio duplamente qualificado: motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A reviravolta do caso veio após a polícia apreender o celular de Albino e encontrar registros que continham fotos do crime datadas do dia do assassinato. O homem confessou o homicídio ao ser confrontado com as evidências.
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Albino e os assassinatos
Albino Santos de Lima tem 42 anos e é ex-policial penal. Ele já foi responsabilizado por ao menos 10 mortes, sendo sete mulheres e três homens, e foi preso em 17 de setembro, após assassinar uma jovem de 13 anos.
Atualmente, as investigações policiais apontam mais oito assassinatos atribuídos a ele e cometidos em regiões como a Chã da Jaqueira, entre 2019 e 2020. Na época, Albino residia próximo, mais precisamente no Jardim Petrópolis, também em Maceió.
Albino também é suspeito de mais seis tentativas de homicídio. Com as novas descobertas, o serial killer alagoano figura entre os cinco maiores matadores em série do Brasil, segundo a polícia.
O criminoso confessou outros homicídios, incluindo os de Alysson Santos Silva, Marcelo Lopes dos Santos, José Cícero Bernardo da Silva, Maria Vânia da Silva Nunes, João Santos Mateus, Antônio de Oliveira Melo Neto e Maria Claudiana da Silva.
A Polícia Científica realizou os exames balísticos e confirmou que um revólver calibre 38, jogado em um rio, foi usado para matar todas as vítimas.
Segundo a polícia, o serial killer costumava fazer fotos nos túmulos das vítimas, enterradas em cemitérios públicos de Maceió. Pela data das fotos, a Polícia Civil acredita que os túmulos sejam de, pelo menos, duas das vítimas.
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