Gláucia não aceitava partilha de bens (Foto: Reprodução)
O CORREIO fez um levantamento das ações penais que tem a ex-servidora como ré e descobriu que ela já se envolveu em um incêndio criminoso no condomínio onde morava, em Feira de Santana, além de ser acusada de ameaça de morte e falsificação de documentos, junto com a mãe, para se apropriar indevidamente da herança da avó morta em 2004.
Ao todo, Gláucia responde a cinco ações penais, todas tendo como advogado de defesa o ex-marido morto, além de mover três ações contra o município de Feira de Santana, com pedido de isenção do pagamento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) em imóveis da cidade do centro norte baiano.
Incêndio e pixação
Nos autos do processo e em boletim de ocorrência registrado no dia 1º de dezembro de 2014, na 33ª Delegacia (Monte Gordo), Gláucia também é apontada como a autora de um incêndio criminoso no apartamento de um vizinho.
A vítima contou à Justiça que, em 16 de novembro do mesmo ano, a ex-servidora ateou fogo em dois condensadores de ar-condicionado do apartamento dele e pixou a porta de entrada. O homem disse que a ação foi praticada com a ajuda dos filhos de Gláucia, além da empregada doméstica que trabalhava para ela e que também é acusada no envolvimento da morte do advogado.
De acordo com testemunhas, a mulher ainda ateou fogo na porta da casa do vizinho, enquanto seu filho, menor de idade, tentava danificar as câmeras de segurança do prédio – em vão, já que todas as ações ficaram registradas nas filmagens e foram comprovadas, mais tarde, com a realização de perícia.
Moradores disseram ainda que Gláucia ameaçou “dar uma facada” em todos que prestaram depoimento contra ela.
Herança da avó
Gláucia ainda responde a um processo por ter roubado a herança da avó. E o pior: com ajuda da própria mãe. Em 2013, um dos três tios dela entrou na Justiça contra as duas por terem, juntas, falsificado documentos e se apropriado de herança deixada pela avó, que morreu em 2004.
Na denúncia, proposta pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em nome dos três irmãos da mãe de Gláucia, consta que as duas acusadas falsificaram documentos, em 2006, para se apropriar de R$ 5.118, deixados pela falecida. No processo, as duas alegaram que a mãe da ex-servidora era a única herdeira da morta.
Na ação, Gláucia atuou como advogada da mãe, o que colocou ela, segundo o MP-BA, como também autora do crime de estelionato, uma vez que sabia da existência dos demais tios, bem como dos direitos que eles tinham sobre os bens da avó dela. O valor em questão era referente à restituição do Imposto de Renda de 2004.
Correio/// Figueiredo