O caso do jogador baiano de futebol Carlos Eduardo Bastos dos Santos, mais conhecido como ‘Tico Baiano’, ganhou mais um capítulo. O delegado Yves Correia, coordenador da 1ª Coorpin de Feira de Santana, deu ainda mais detalhes sobre os crimes pelos quais o atleta é acusado.
Na coletiva realizada nesta quarta-feira (19), revelaram que Tico Baiano fez, pelo menos, 16 vítimas, porém, suspeitam que há ainda mais. Em entrevista, ele destacou a importância da denúncia de mulheres que sofreram qualquer crime por parte do jogador.
As vítimas, segundo o delegado, eram garotas de programa ou jovens estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Ainda de acordo com Correia, existe, desde 2022, antecedentes criminais com o mesmo modus operandi no estado do Ceará. Os casos do outro estado também estão sendo investigados.
Como aconteciam os crimes
Preso desde terça-feira (18), Tico Baiano cometia seus crimes na casa das vítimas ou nos locais onde as garotas de programa atendiam.
“Ele se programava com elas, chegava no local e usava arma de fogo em alguns casos. Em outros, usava arma branca, como faca. Além desses casos com garotas de programa, ele procurou também repúblicas próximas à Uefs. Perceba que ele estava sempre procurando meninas, de preferência sozinhas, em situação de vulnerabilidade, para poder perpetrar esses delitos”, contou o delegado.
Além dos estupros, Yves contou que também existem provas de que o jogador baiano extorquiu as mulheres com transferências via pix.
“Ele chegou a atingir duas ou três vitimas na mesma situação. No primeiro caso tinha três garotas de programa e ele extorquiu as três. Dentre as vitimas tinha uma pessoa travesti, então você percebe que o foco dele eram pessoas em situação de vulnerabilidade. Nesse caso, dupla vulnerabilidade, já que as garotas de programa já têm vulnerabilidade por si só, e pelo fato de serem mulheres”, explicou.
Na terça-feira (18), a polícia prendeu Tico Baiano, de 25 anos, em Feira de Santana. O atacante, contratado do Crac, de Goiás, está sendo acusado de crimes como estupro, importunação sexual, extorsão e constrangimento ilegal. Até o momento, identificaram 16 vítimas.
Antes de jogar em Goiás, ele estava no Horizonte, do Ceará, por onde disputou sete jogos, marcou três gols e deu uma assistência neste ano.
Além disso, o atacante também defendeu as cores de Fluminense de Feira, Bahia de Feira, Barcelona de Ilhéus, Doce Mel e Feirense.
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