Três envolvidos no assassinato e esquartejamento do jovem Thiago Tavares dos Santos, de 24 anos, foram presos nesta quarta-feira (22). O crime hediondo aconteceu há uma semana, na Avenida Aliomar Baleeiro, trecho na região de Cassange e Mussurunga, em Salvador.
Segundo a Polícia Civil, os autores foram identificados e tiveram os mandados de prisão cumpridos ao se apresentarem na 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), acompanhados de advogados. Até o momento, as investigações apontam a participação de cinco envolvidos, três são integrantes de uma facção com forte atuação no Parque São Cristóvão.
A principal linha de investigação aponta que o crime aconteceu após Thiago ter invadido a casa de uma mulher. Conforme apurado pela Polícia Civil, o jovem obreiro ligado a uma igreja evangélica encontrava-se em surto quando foi alcançado pelos criminosos.
Tribunal do crime
Um dos envolvidos no homicídio, identificado como Carlos Eduardo do Carmo Oliveira, foi assassinado e o corpo foi localizado em uma área de mata, no Parque São Cristóvão, na sexta-feira (17). Ele teria sido morto pelo tribunal do crime, após a repercussão da morte de Thiago. A morte do suspeito também é apurada pela 1ª DH/Atlântico.
Todos os presos foram ouvidos e serão submetidos a exames periciais no Departamento de Polícia Técnica (DPT). A 1ª DH/Atlântico segue com as investigações, no sentido de identificar a possível participação de outros envolvidos.
Crime hediondo
A morte de Thiago Tavares chocou a opinião pública. O jovem evangélico teve um surto psicótico e saiu de casa na Fazenda Grande deixando a família desesperada. O corpo foi localizado esquartejado na noite de quinta-feira (16).
Um vídeo feito pelos criminosos mostra o rapaz deitado no chão sendo interrogado pelo "tribunal do crime". "Como é seu nome, p**? Como é seu nome, parceiro?", questionou um dos suspeitos, enquanto Thiago respondeu indagando: "Eu te fiz alguma coisa? Eu te fiz alguma coisa?".
O sepultamento de Thiago foi realizado no sábado (18), sob forte comoção de amigos e familiares. Camisetas com a frase "Eu te fiz alguma coisa???" foram usadas no velório e enterro em sinal de protesto contra a morte precoce do rapaz que sonhava em cursar faculdade de Tecnologia da Informação.