Polícia

Empresários investigados por fraudes na venda de respiradores depõem em Salvador

Preso no Rio de Janeiro, o empresário Paulo de Tarso chegou na capital baiana no início da noite.

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Policiais civil cumprem mandados de busca e apreensão no Distrito Federal - Foto: Divulgação | Polícia Civil do DF

 

A dona da Hempcare, Cristiana Prestes, e o seu sócio, o empresário Luiz Henrique Ramos, presos no Distrito Federal no âmbito na operação Ragnarok, que investiga fraude na compra de respiradores pelo Consórcio do Nordeste, prestaram depoimentos na tarde desta segunda-feira, 01, na sede da Coordenação de Operações Especiais (COE) onde estão presos. Preso no Rio de Janeiro, o empresário Paulo de Tarso chegou na capital baiana no início da noite.

A Operação Ragnarok foi deflagrada, no início da manhã, pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) e teve como alvo a empresa Hempcare Pharma Representações LTDA, suspeita de desviar R$ 48,7 milhões pagos pelo Consórcio do Nordeste pela aquisição de 300 respiradores mecânicos.

A ação foi realizada através da Coordenação de Crimes Econômicos e Contra Administração Pública da Polícia Civil, e contou com o apoio do Ministério Público da Bahia (MPE-BA) e da Polícia Civil de São Paulo e do Distrito Federal. A operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador, e três mandados de prisão, sendo dois no Distrito Federal e um no Rio de Janeiro.

Em Salvador, o edifício TK Tower, na Pituba, foi o alvo da polícia. Mais de 150 contas bancárias vinculadas ao grupo já foram bloqueadas pela Justiça, a fim de garantir a restituição do montante empregado. O objetivo é reaver os quase R$ 49 milhões pagos antecipadamente pelos nove estados da região na compra dos respiradores.

Prejuízo na Bahia

Na transação com a HempCare, a SSP informou que o Estado da Bahia teve um prejuízo de cerca de R$ 10 milhões, valor antecipado à empresa para aquisição de 60 dos 300 respiradores Comprados pelo Consórcio do NE, ao custo de R$ 160 mil cada. Os outros estados membro do consórcio adquiriram 30 respiradores cada.

Conforme o contrato, assinado no dia 8 de abril, o primeiro lote, com 150 respiradores, deveria ter sido repassado aos estados em 18 de abril, e o segundo, com a outra metade, em 23 de abril. Segundo os estados, a antecipação do pagamento visava garantir a efetivação da compra dos equipamentos, que seriam utilizados no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus na região.

 

A Tarde// Figueiredo