Ligação com o PCC

Empresário morto em tiroteio no Aeroporto de Guarulhos já havia sido preso na Bahia em 2023

O empresário era investigado por comandar uma série de atividades criminosas para o Primeiro Comando da Capital (PCC)

Foto: Divulgação/Polícia Civil
Foto: Divulgação/Polícia Civil

O empresário Antônio Vinícius Gritzbach, morto a tiros de fuzil nesta sexta-feira (8) na área externa do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, chegou a ser preso em abril de 2023 na Bahia. Ele foi capturado pela polícia em um hotel de luxo em Itacaré, onde passou a ser investigado por comandar uma série de atividades criminosas para o Primeiro Comando da Capital (PCC).

As investigações apontaram Gritzbach como o mandante dos assassinatos de Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como “Cara Preta”, e Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”, membros influentes do PCC, mortos em dezembro de 2021. Ele também era suspeito de lavar aproximadamente R$ 30 milhões do tráfico de drogas por meio da compra e venda de imóveis e postos de combustíveis.

Após sua prisão, Gritzbach firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo, revelando detalhes dos esquemas operados pelo PCC e fornecendo informações sobre outros crimes ligados à facção. Com isso, ele se tornou alvo da organização, que o jurou de morte em retaliação às suas delações. Em junho de 2023, as autoridades concederam liberdade condicional a Gritzbach, mas, desde então, ele vivia sob constantes ameaças.

A execução de Gritzbach no aeroporto, agora sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (DEATUR), reforça os indícios de que o PCC teria orquestrado a emboscada como forma de vingança por suas revelações ao Ministério Público.