O presidente da Embasa, Rogério Cedraz, afirmou que a companhia, alvo de operação da Polícia Federal nesta terça-feira (14), não tinha toda a documentação solicitada pelos investigadores, em inquérito que apura a ocorrência de crime ambiental.
Ao solicitar à Justiça a autorização para o cumprimento de mandados de busca e apreensão na sede da Embasa, a PF informou que a companhia se recusou a fornecer documentos, sob a alegação de “não ser obrigada a produzir prova contra si mesma”.
“Não teve nada disso. Na realidade, do que foi solicitado, a gente vem contribuindo com o que tem. Agora nem tudo que é solicitado a gente teve. Então, eles fizeram esse mandado de busca e apreensão, mas a empresa está à disposição para o que for necessário”, declarou Cedraz ao bahia.ba.
O dirigente informou que funcionários da Embasa já prestaram depoimentos sobre o assunto à Polícia Federal. “Eu não, mas outras pessoas já foram convocadas”, disse.
De acordo com as investigações, foi constatado o lançamento de esgoto sanitário, através de um emissário submarino, construído no governo Paulo Souto, sem o cumprimento das etapas necessárias para minimizar o impacto ambiental de dejetos no oceano.
Conforme nota emitida pela PF, uma perícia realizada na empresa de saneamento identificou que a bomba responsável por fazer o escoamento estava inoperante, o que causava o lançamento do esgoto sem o devido tratamento no mar.
O presidente da Embasa reforçou a versão apresentada mais cedo pela companhia, de que o problema no sistema de bombeamento ocorreu devido a um acidente de trânsito em março de 2016.
Um ônibus bateu em um poste da rede elétrica que atende a Estação de Condicionamento Prévio (ECP) do Rio Vermelho. “Foram 48 horas, se não me engano, entre o acidente, a retirada do equipamento e a recuperação integral do sistema”, declarou Cedraz.
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