Polícia

Em menos de 24 horas são registradas 35 mortes em Belém do Pará

Estado registra duas chacinas e 17 policiais mortos este ano

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Menos de 24 horas depois de a capital do Pará registrar 14 homicídios, todos com características de execução, outras 21 pessoas morreram durante uma tentativa de resgate de presos, na tarde de terça-feira, no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III.

A matança registrada na penitenciária é o episódio mais grave da escalada de violência no estado. Em menos de um ano, foram registradas sete chacinas — as mortes de segunda-feira representam a segunda ocorrida em 2018.

Somente este ano, 17 policiais militares foram assassinados no estado. O governo do Pará trava uma batalha contra a criminalidade, fatiada entre milicianos, traficantes e grupos criminosos que atuam nos presídios.

Na terça-feira, o secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha, disse que não há relação entre as mortes na unidade prisional e a chacina de segunda-feira.

A invasão ao presídio resultou na morte de 21 pessoas: um agente penitenciário, cinco presos e 15 suspeitos de tentar invadir a unidade para apoiar a fuga..

Na véspera, foram 14 homicídios — entre as vítimas, dois policiais. Após os assassinatos dos dos militares, outras 12 pessoas foram encontradas mortas, todas com sinais de execução. Os crimes ocorreram em sete bairros de Belém, em cerca de cinco horas.

Em resposta às mortes de segunda-feira, o governo instalou um gabinete de crise no Centro Integrado de Operações (Ciop), que vai investigar os assassinatos. Também foi montada uma força-tarefa, aproximadamente 430 agentes policiais, que vão patrulhar as ruas da capital.

O Globo ///  Figueiredo