Polícia

Delegado diz que passageiros que jogaram mulheres de ônibus agiram em legítima defesa

Tainá e Ivoneide confirmam participação em assalto

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Tainá e Ivoneide confirmam participação em assalto - Foto: Euzeni Daltro | Ag. A TARDE

O delegado e coordenador do Grupo Especial de Repressão a Roubos de Coletivos (GERC), José Nélis de Araújo, disse que a polícia não tenta identificar os passageiros que teriam arremessado Tainá Cardoso dos Santos, 18 anos, e Ivoneide dos Santos, 21 anos, de um ônibus em movimento. As duas são suspeitas de terem participado de um roubo ao coletivo na noite desta quinta, 6.

"O intuito não é identificar as vítimas", afirmou o delegado, acrescentando que os passageiros agiram em legítima defesa.

Apesar da polícia afirmar, com base em depoimento de testemunhas, que as mulheres foram jogadas do ônibus, as duas negam o fato. Elas afirmaram nesta sexta, 7, que pularam do veículo de forma voluntária após serem agredidas pelos usuários do transporte urbano.

Pânico

Segundo o delegado, Tainá, Ivoneide e um homem identificado pelo apelido de "Malhado" subiram no ônibus na altura da loja Le Biscuit e anunciaram o assalto. Uma das duas estava armada com um revólver calibre 38 e teria atirado em uma janela, causando pânico entre os passageiros.

Com o ônibus lotado, os usuários tentaram desarmar uma das suspeitas e começaram as agressões. O comparsa delas aproveitou e fugiu do coletivo, levando o revólver.

O delegado José Nélis disse que "Malhado" já praticou outros roubos a coletivos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Tainá e Ivoneide também já têm passagem pela polícia pela prática desse tipo de crime. Elas negam.

Tainá afirma que decidiu participar da ação desta quinta porque está desempregada. Já Ivoneide, que tem um filho de 7 anos e também não está trabalhando, não disse o motivo para o crime.

As duas moram no bairro de Cosme de Farias e disseram que se conhecem da rua.

Ferimentos

Com a queda do ônibus, as mulheres ficaram feridas e foram levadas para o Hospital Geral do Estado (HGE), na avenida Vasco da Gama, onde foram atendidas.

Reprodução/A tarde