De janeiro a abril de 2021, 13 agências bancárias foram alvos de explosões na Bahia. Um aumento significativo desde 2020. A delegada geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, conversou com o LD Notícias, na manhã desta segunda-feira (24), sobre essas práticas criminosas e confirmou que a violência aumentou. “Nos últimos dois anos, estávamos tendo diminuição pontual no índice, neste tipo de delito. Com a pandemia, observamos que a violência aumentou no Brasil como um todo, principalmente aqui na Bahia”.
De acordo com Heloísa Brito, quando esses crimes começaram a acontecer, a Polícia Civil se mobilizou e estabeleceu ações conjuntas e permanentes com os outros integrantes da segurança pública. “Como a Polícia Militar, Rodoviária e a Federal, porque algumas investigações como as do âmbito que acontecem na Caixa Econômica, em razão da qualidade do órgão, são feitas pela própria Polícia Federal”.
No interior da Bahia, a delegada garante que mantém contato com o Departamento de Polícia local e com o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco). “Começamos a trocar informações e com isso as investigações avançaram”, disse, ao comentar sobre a prisão do criminoso apontado como maior assaltante de banco da Bahia, ocorrida no último sábado (22), em Osasco, São Paulo.
“Esse indivíduo estava preso por roubo qualificado, saiu no induto de Natal e não retornou. Mesmo de são Paulo, ele articulava esses arrombamentos e, com a prisão dele, vamos esclarecer os delitos e consequentemente diminuir esses crimes”, pontuou Heloísa Brito.
Reunião com representantes de bancos
Na última sexta-feira (21), se reuniram representantes de rede de agências bancárias públicas e privadas, a Superintendência de Inteligência (SI), da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) e representantes das forças policiais civis e militares, na Sede da Polícia Civil, para discutir estratégias de combater esses crimes, em conjunto.
Para a delegada geral, “o banco precisa adotar algumas responsabilidades com relação à segurança, pra que possa dificultar o trabalho dos bandidos e auxiliar a Polícia Civil nas investigações”.
Durante a reunião foram explanadas as ações que a Polícia Civil está exercendo e “cobramos a eles enquanto instituições bancárias, a adoção também mecanismos de segurança que nós entendemos que são fundamentais pra impedir ou dificultar”.