Os seis presos que fugiram do Complexo Policial de Alagoinhas, no nordeste baiano, na noite deste domingo (1º), ainda não foram capturados até a manhã desta segunda-feira (2).
A Polícia Civil informou por meio de sua assessoria, através das informações da delegada Lélia David, coordenadora da 2ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), disse que além da adoção de medidas administrativas cabíveis, estão sendo feitas perícias na estrutura da unidade. Ainda de acordo com a autoridade policial, incursões também são realizadas pelas polícias Civil e Militar da região.
Segundo a polícia, os fugitivos são Cícero Paulo Borges dos Santos, Henrique Costa Melo, José Domingos da Paixão Santos, Natanael Santos de Jesus, Tauan Souza Gomes, Tiago Batista de Santana. Todos respondem por crimes contra o patrimônio.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Estado da Bahia (Sindpoc), Marcos de Oliveira Mauricio, o complexo policial de Alagoinhas tem capacidade para abrigar 24 presos, mas atualmente estão 115 na unidade. “Não tem estrutura alguma. Não tinha condições de suportar. Recebe presos de 24 cidades”, argumenta.
Ainda em entrevista ao site, o presidente do Sindpoc revela que o presídio de Esplanada, a cerca de 155 km de Salvador, segue desativado e poderia abrigar presos que estão em Alagoinhas. “Foram gastos milhões com essas obras do presídio e até agora não deram resposta. Temos mais de 3500 presos nas delegacias da Bahia. O [presídio de] Esplanada foi interditado por uma série de irregularidades, que são menores se comparado com o que acontece na delegacia. O presídio de Esplanada tem muito mais estrutura e foi interditado”, lamenta.
Em novembro de 2017, 12 detentos fugiram após cortar a tela do teto da unidade. Na época, a polícia informou que os homens serraram as grades das celas e depois o teto. Ainda no ano passado, a polícia informou que os fugitivos estavam nas celas com outros 111 detentos, e que a delegacia tem capacidade para 38.
Em agosto de 2017, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) ajuizou ação civil pública determinando que a Justiça interditasse parte do complexo, por abrigar mais que o dobro de presos da capacidade.
O MP pediu também a transferência imediata dos presos excedentes para as cidades de origem ou para outra unidade do sistema prisional estadual.
Da redação com informações do BN // ACJR