Polícia

Defesa de Frederico Pacheco, primo de Aécio Neves, entrega dinheiro em agência da Caixa, em BH

Pacheco foi preso durante a Operação Patmos da Polícia Federal. Ele teria recebido R$ 2 milhões de diretor da JBS após pedido do tucano.

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Defesa de Frederico Pacheco foi até uma agência da Caixa Econômica Federal com uma mala. (Foto: Raquel Freitas/G1)

 

A defesa de Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), preso na Operação Patmos da Polícia Federal (PF), esteve nesta terça-feira (13) em uma agência da Caixa Econômica Federal no bairro Luxemburgo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde fez um depósito judicial no valor de cerca de R$ 1.520.100,00.

Este montante consta de documento ao qual a TV Globo teve acesso. O dinheiro seria parte do valor de R$ 2 milhões entregue por um diretor da JBS a Pacheco, após um pedido do tucano.

Depois de passar a tarde no banco acompanhado da Polícia Federal (PF), o advogado deixou a agência com uma mala vermelha. Ele não quis dar declarações e apenas confirmou que o depósito foi feito por parte do cliente. "É o máximo que eu posso falar", afirmou Ricardo Ferreira de Melo.

O pedido foi registrado em uma gravação apresentada pelo empresário Joesley Batista em sua delação premiada. No áudio, com duração de cerca de 30 minutos, o então presidente nacional do PSDB justifica a solicitação, dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato.

Frederico Pacheco foi diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014. Ainda de acordo com as investigações, ele repassou a quantia solicitada pelo senador afastado a Mendherson Souza Lima, assessor parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG). A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que parte foi depositada em uma empresa de Perrella.

G1////AF