Polícia

Cotado para comandar a PF é próximo de filhos de Bolsonaro

Ex-diretor da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal e atual secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres defendeu, em 2016, a autonomia financeira e administrativa do órgão

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O delegado Anderson Gustavo Torres é o atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Foto: Reproduçao/Instagram SSP/DF

 

Apontado como principal nome para assumir o comando da Polícia Federal caso se confirme a saída do diretor-geral, Maurício Valeixo, o secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, tem sua repentina ascensão explicada por amigos devido a uma proximidade dele com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, e os irmãos Flávio e Eduardo, filhos do presidente Jair Bolsonaro.

Torres se aproximou dos três ao longo dos oito anos (2010-2018) em que foi chefe de gabinete do ex-deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR), hoje deputado estadual. Diplomático no trato pessoal, mas favorável ao endurecimento penal, Torres caiu no gosto dos filhos de Bolsonaro e de Jorge Oliveira, que já tinham sugerido seu nome durante a montagem do governo.

Ele acabou preterido por Maurício Valeixo porque o então juiz Sergio Moro, convidado para o Ministério da Justiça, exigiu indicar os principais cargos de sua futura equipe.

Agora, o mesmo grupo, volta a entrar em campo para levar Torres ao comando da PF. O movimento conta tem forte apoio da bancada da bala e de boa parte dos deputados do PSL. Torres entrou na PF há 16 anos, mas permaneceu apenas oito. Metade da carreira ele atuou como assessor de Francischini, delegado licenciado da PF. Numa recente entrevista ao “Correio Braziliense”, ele se disse contra a liberação do uso de drogas.

— Eu sou de uma linha de prisão, de repressão. Sou contra descriminalização — disse.

Agora, o mesmo grupo, volta a entrar em campo para levar Torres ao comando da PF. O movimento conta tem forte apoio da bancada da bala e de boa parte dos deputados do PSL.

Torres entrou na PF há 16 anos, mas permaneceu apenas oito. Metade da carreira ele atuou como assessor de Francischini, delegado licenciado da PF. Numa recente entrevista ao “Correio Braziliense”, ele se disse contra a liberação do uso de drogas.

— Eu sou de uma linha de prisão, de repressão. Sou contra descriminalização — disse.

 

Globo//// Figueiredo