Condenado pelo homicídio do casal Richthofen, Cristian Cravinhos foi solto na quarta-feira (5), após a Justiça autorizar o cumprimento do restante da pena em regime aberto.
Conforme a decisão, Cristian preenche os requisitos para ganhar o benefício, como, por exemplo, manter boa conduta carcerária. Segundo a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, Cravinhos também “não registra faltas disciplinares durante os últimos 12 meses de cumprimento da reprimenda”.
“Além disso, foi submetido a exame criminológico e a equipe multidisciplinar, por unanimidade, opinou pelo deferimento do pleito”, acrescenta.
Cristian estava preso na Penitenciária Dr. José Augusto Salgado – Tremembé II, no interior de São Paulo, e já cumpria pena no regime semiaberto.
Cravinhos tentava a progressão para o regime aberto desde maio do ano passado. O Ministério Público de São Paulo (MPSP), contudo, reafirmou, em documento, ser contra a autorização.
Para a juíza, no entanto, “as objeções apresentadas pelo Ministério Público não são aptas a justificar decisão desfavorável”. Ao portal Terra, o MPSP afirmou que vai recorrer da decisão.
Regras fora da cadeia
No documento, a juíza também definiu uma lista de regras que Cravinhos deverá seguir para continuar com o benefício:
- comparecer trimestralmente à Vara de Execuções Criminais para informar sobre suas atividades;
- obter ocupação lícita, devendo comprovar para a Justiça;
- sair para o trabalho às 6h, devendo recolher-se na habitação até as 22h, bem como em finais de semana e feriados, salvo autorização expressa da Justiça;
- não mudar da Comarca sem prévia autorização do juízo;
- não mudar de residência sem comunicar o juízo;
- não frequentar bares, casas de jogo e outros locais incompatíveis com o benefício conquistado.
O crime
A polícia prendeu Cristian Cravinhos em 2006 pela morte do casal Manfred e Marísia von Richthofen, pais de Suzane von Richthofen, que planejou o assassinato e também foi presa. A justiça condenou Daniel Cravinhos, irmão de Cristian e namorado de Suzane na época, junto com eles.
O assassinato, ocorrido em 2002, aconteceu devido à desaprovação dos pais em relação ao namoro entre Suzane e Daniel.
Cristian recebeu uma condenação de 38 anos e seis meses de prisão em regime fechado. A justiça sentenciou Suzane a 39 anos, mas reduziu sua pena para 34 anos e 4 meses, e ela foi libertada em janeiro de 2023. A justiça também condenou Daniel Cravinhos a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado, mas ele cumpre o restante da pena em liberdade.
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