Os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes completam exatos cinco anos nesta terça-feira (14).
Eles foram assassinados a tiros na Região Central do Rio de Janeiro. O caso chega a este 14 de março sem o julgamento dos autores do crime, nem mesmo em primeira instância. Não há também conclusões sobre quem seria o seu mandante. Após passar por cinco trocas de delegados, neste ano, novos promotores foram designados para a solução do crime.
Ambos permanecem presos em penitenciárias federais de segurança máxima. O julgamento do caso pelo Tribunal do Júri ainda não tem data para acontecer devido a sucessivos recursos apresentados pela defesa para impedir que o crime vá ao júri, o que tem retardado a sessão.
Na última terça-feira (7), promotores conversaram com as famílias das duas vítimas durante uma reunião a portas fechadas na sede do MP. A Polícia Civil segue ouvindo testemunhas fora do estado do Rio de Janeiro.
Mesmo com a demora na solução do caso, as provas colhidas revelaram evidências e desdobramentos relacionados a outros crimes. É o caso do escândalo das “rachadinhas” do senador Flávio Bolsonaro (PL). Durante a operação, foram encontradas mensagens da ex-mulher do ex-PM Adriano da Nóbrega, suspeito de envolvimento na morte de Marielle, conversando com Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, sobre um “funcionário fantasma”.