Polícia

Caso Geovanna: PM acusado de matar menina de 11 anos em Salvador vai a júri popular no próximo dia 21 

Familiares disseram que a garota foi baleada quando saiu de casa para abrir o portão para o avô, por volta das 6h. 

Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

O ex-policial militar envolvido na morte da menina Geovanna Nogueira da Paixão, em 24 de janeiro de 2018, vai a júri popular no próximo dia 21 de agosto, a partir das 8h, no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. A data foi confirmada para a família da vítima nesta sexta-feira (4). 

A garota de 11 anos morreu após ser baleada na cabeça. Geovanna foi atingida durante uma ação realizada por dois PMs, entre eles Nildson Jorge Sousa França, lotados na 48ªCIPM, na comunidade Paz e Vida, no bairro Jardim Santo Inácio. A criança chegou a ser socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento do bairro, mas não resistiu. 
  
"Minha expectativa é que ele seja julgado. Lembrando que não é vingança e sim a necessidade de que a justiça seja feita pelo sangue da minha filha que foi derramado", diz a mãe da menina, Maria Ângela de Jesus Nogueira, de 39 anos, ao Portal Salvador FM. Cinco anos depois, Ângela ainda lamenta não ter conseguido realizar o último desejo da filha: "Falava que queria um violino".

Familiares disseram que a garota foi baleada quando saiu de casa para abrir o portão para o avô, por volta das 6h. 

Ação policial

Após a morte de Geovanna, moradores da localidade fizeram um protesto com queima de pneus na entrada do bairro. O departamento de comunicação da corporação informou na época que um Inquérito Policial Militar (IPM) havia sido instaurado. Os suspeitos também foram afastados das ruas e as armas apreendidas para perícia. 

No momento da ação com o resultado trágico, a dupla estava em um carro descaracterizado, conforme relatado por testemunhas. Em nota enviada à imprensa na época, a PM alegou que os policiais procuravam suspeitos de homicídios na localidade, quando foram recebidos a tiros. Ainda segundo informado, houve revide e, após o tiroteio, os PMs ouviram apelos de socorro para a menina. A versão policial foi contestada pela comunidade.