Polícia

Caso Davi Fiúza: passado um ano, culpado continua desaparecido

As primeiras versões apontaram que Davi seria usuário de drogas

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Era uma manhã de sexta-feira, 24 de outubro de 2014, quando policiais militares fizeram uma abordagem na rua São Jorge de Baixo, na região de Vila Verde, em Salvador. Após a ação, o jovem Davi Fiúza, então com 16 anos, desapareceu e nunca mais foi encontrado. Essa é a versão que os parentes do adolescente contam para o dia que se tornou um verdadeiro drama para a família Fiúza, principalmente para a mãe, Rute. Hoje, exatamente um ano após a suposta ação policial, ninguém foi responsabilizado pelo ato.

Rute chegou a entrar em contato com a Anistia Internacional, o Ministério Público e Organização das Nações Unidas (ONU), mas nenhuma providência foi tomada. O representante do Reaja ou Será Morto (a), Milton Braga, afirmou que o “caso Davi Fiúza” continua sendo acompanhado. “A mãe [Rute] sofreu muito. Nós continuamos achando que houve crime policial”, destaca.

Investigações – O desaparecimento começou a ser investigado pela 12ª Delegacia Territorial de Itapuã, mas depois ficou sob a responsabilidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). À época, o delegado Antônio Carlos Santos colheu o depoimento de policiais e testemunhas. A versão de sequestro não foi confirmada.

Na oportunidade, as primeiras versões apontaram que Davi seria usuário de drogas e que guardava armas dentro de um barraco, supostamente habitado por ele. O pai do adolescente, César Lopes Fiúza, de 49 anos, confirmou a história. Rute disse desconhecer a informação.

Um ano após o caso, a assessoria da Polícia Civil informou ao Aratu Online que o inquérito, conduzido pelo delegado Reinaldo Mangabeira, está “em fase de conclusão”. O órgão disse ainda que não pode adiantar o que os laudos apontam, para não atrapalhar nas investigações. 

Já o Ministério Público da Bahia disse que aguarda a finalização das investigações feitas pela Polícia Civil, para dar um parecer sobre o inquérito. A Polícia Militar não se pronuncia mais sobre o caso. Familiares, parentes e amigos, continuam à espera de uma resposta.

(Foto: Reprodução)