A Defensoria Pública da Bahia entrou com uma ação civil pública pedindo uma indenização de R$ 200 milhões ao supermercado Atakarejo, pela morte de Yan Barros e o sobrinho, Bruno, após ser detido pelos seguranças e mortos por traficantes da região. O pedido foi feito nesta segunda-feira (2).
Na ação, o órgão explicita o desejo de criar um fundo estadual e estabelecer uma política de combate ao racismo. A Defensoria representa a família de Yan. “A ACP busca a reparação do rebaixamento do patrimônio moral de toda população negra exposta às práticas racistas que levaram à execução de Yan e Bruno”, destacou o defensor público Rafael do Couto Soares, integrante do Grupo de Trabalho de Igualdade Racial, que ajuizou a ação junto com a coordenação da Especializada de Proteção aos Direitos Humanos da Defensoria.
Além da indenização coletiva, a Defensoria solicitou que o Atakarejo elabore plano de combate ao racismo e ao tratamento discriminatório dentro de todas as suas unidades e de capacitação dos seus funcionários, incluindo terceirizados. O plano deve contemplar temas como o tratamento à população carente, a abordagem pacífica, evitando violência verbal ou física, além de formas de combate à discriminação racial de gênero.
A Ação Civil Pública pode ser conferida clicando aqui.