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Cacique e cunhado são presos após torturar indígena até a morte no interior da Bahia

Indígena foi espancado até a morte

Divulgação | Polícia Civil
Divulgação | Polícia Civil

A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (15), quatro pessoas envolvidas nas mortes de dois indígenas, marido e mulher, na noite de domingo, na Aldeia Corumbauzinho, localizada no município de Prado, no extremo-sul da Bahia.

O indígena Lucimar Rocha da Silva, 40 anos, morreu durante um incêndio em sua residência, provocado por ele mesmo, após jogar gasolina e atear fogo em cédulas de dinheiro.

O fato teria ocorrido após uma discussão com sua companheira, em torno da divisão dos valores auferidos de artesanatos, vendidos pelo casal no sábado. Foi em tal momento que ele, alcoolizado e chateado, teria jogado as notas de dinheiro no chão e ateado fogo. Na ocasião, sua esposa, Miscilene Dajuda Conceicao, 44 anos, conseguiu sair da casa a tempo.

As investigações apontaram que um irmão de Lucimar (45), morador de uma aldeia vizinha, Aldeia Águas Belas, dirigiu-se ao local e, com apoio do cacique (38); e do pai (74) e do irmão do cacique (34), também parentes do morto, espancou Miscilene até a morte.

Após investigações, a polícia prendeu o Cacique, irmão e seu pai. O irmão de Lucimar foi preso no Instituto Médico Legal de Itamaraju, onde se encontrava realizando os procedimentos para a liberação do corpo de seu irmão.

Formalizado o Auto de Prisão em Flagrante, os quatro indígenas foram colocados à disposição da Justiça e devem passar por audiência de custódia, a ser realizada pela Vara Criminal da Comarca de Itamaraju/BA.