Polícia

BDM é a principal facção dentro dos presídios baianos, aponta relatório do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Apesar de ser dominante no Estado. O BDM tem tido disputa territoriais com o Comando Vermelho

Reprodução / Vídeo
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Relatorio do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, revelado por uma reportagem do Estadão, nesta segunda-feira (4), aponta que o Bonde do Maluco (BDM) é a principal facção criminosa do sistema prisional baiano. O documento ainda aponta que o BDM é uma das maiore e mais perigosas facções do país e que possui participação no tráfico internacional de drogas.

O documento do Ministério da Justiça e da Segurança Pública mapeou 72 facções nos presídios do país, 14 destas organizações possuem atuação no sistema carcerário baiano. 

A reportagem do Estadão aponta que um dos fatores do fortalecimento do "Bonde do Maluco" foi a parceria com o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa de São Paulo. O interesse do PCC na Bahia é o escoamento de drogas através do Porto de Salvador. Em setembro de 2022, três funcionários do local foram presos ao tentar remeter 165 quilos de cocaína em contêineres.

O mapeamento realizado pelo Ministério da Justiça, apresentado pelo Estadão, aponta que  pelo menos metade dos detentos da Bahia  que pertencem a alguma organização criminosa estão vinculados ao BDM. Ainda conforme o documento, o Bonde “tende a se tornar nacional em função de sua aliança com o PCC”. No sistema carcerário, já está presente em outros Estados, como Mato Grosso do Sul e Piauí.

Guerra

Apesar de ser dominante no Estado. O BDM tem tido disputa territoriais com o Comando Vermelho (CV), que tem se aliado com outros grupo criminosos com atuação em Salvador e no interior do Estado. 

A reportagem do Estadão aponta que o último confronto envolvendo criminosos das duas facções ocorreu no bairro do Pero Vaz, na periferia de Salvador. No dia 26 de fevereiro, três pessoas foram tingidas por balas perdidas após tiroteio no bairro e uma onda de carros incediados também ocorreu.