O delegado Antônio Carlos Magalhães Santos afirma que foi alvo de "armação" após ser denunciado por assédio sexual e moral. De acordo com o titular da 28ª Delegacia Territorial, no Nordeste de Amaralina, em Salvador, as investigadores da Polícia Civil que fizeram a denúncia não queriam trabalhar na localidade.
"É uma área conflagrada pelo tráfico, perigosa. A Secretaria de Segurança Pública colocou essas quatro meninas para trabalhar lá. Elas arrumaram um meio, junto com o pessoal do sindicato (Sindicato dos Policiais Civis da Bahia – Sindpoc), fizeram essa armação para, sair de lá”, disse o delegado ao Correio.
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Segundo Antônio Carlos Magalhães Santos, o fato do Sindpoc solicitar a saída das policiais da 28ª comprova sua afirmação. “Não existe necessidade de tirar elas de lá porque eu já saí. Pelo que soube, a Secretaria de Segurança Pública já sabe as verdades dos fatos e elas vão continuar lá. Ou seja, elas criaram uma situação para se beneficiar e não vão ser beneficiadas”, afirmou ao site.
Após a denúncia, o delegado foi exonerado do cargo. As vítimas relataram que ele fez piadas de cunho sexual, tocou no corpo delas sem permissão e fez convites inadequados para passeios de lancha. As denúncias foram realizadas durante uma visita do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) à 28°DT, no início do mês de setembro deste ano e agora se tornou público. O caso é apurado pela Corregedoria da Polícia Civil.