Cinco dias após o Ministério Público da Bahia (MP-BA) ter pedido a cassação dos vereadores e suplentes denunciados na “Operação Carro Fantasma” em Remanso, no norte do estado, a Casa Legislativa da cidade decidiu, de forma unânime, manter o mandato dos colegas investigados por organização criminosa e peculato.
Os vereadores que participaram da sessão justificaram que achavam melhor esperar pelo julgamento dos vereadores investigados antes de decidirem sobre a situação dos mandatos. O pedido do MP foi feito no dia 7 de dezembro e a votação na Câmara ocorreu na terça-feira (12).
Os vereadores José Ailton Rodrigues da Silva (PTC), Renata Lemos Rosal do Valle (PSC), o presidente da Câmara Cândido Francelino de Almeida (DEM) , Mailto de Franca Brito (PSD), Domingo Sávio Ferreira de Castro (PSD), Cristiano José Moura Marques (PT) e os suplentes Tomaz Neto Rodrigues da Silva (PRP) e Jorge Brito Alves (PR) foram denunciados por suposto envolvimento no esquema que teria desviado quase R$ 10 milhões dos cofres da prefeitura de Remanso.
Além dos vereadores, o ex-prefeito de Remanso, Celso Silva e Souza e o irmão dele e ex-secretário de Administração e Finanças, Arismar Silva e Souza, são acusados de participar de um esquema de corrupção de fraudes em licitações para aluguel de veículos. Segundo a denúncia, o dinheiro era desviado através da empresa JMC Construtora, que tem como sócio o empresário José Mário da Conceição.
A operação "Carro Fantasma" da Polícia Rodoviária e do Ministério Público foi realizada no fim de novembro. Durante a ação, doze mandados de prisão preventiva foram cumpridos, como também seis mandados de condução coercitiva e dezoito de busca e apreensão.
Foram dez meses de investigação. Dos vereadores investigados, cinco estão detidos no presídio de Juazeiro. O empresário envolvido e o ex- secretário de finanças de Remanso também estão na unidade. Já o ex- prefeito da cidade está no presídio de Serrinha.
Fonte: G1// FA