O deficiente visual Teódolo dos Santos, de 33 anos, preso em flagrante por ter matado a mulher grávida a facadas, disse à Polícia Civil que agiu em defesa depois que a vítima tratava ele como “escravo” e teria tentado esfaquear ele. No entanto, a polícia acredita que ele esfaqueou a mulher depois de desconfiar de uma traição.
Risoleta de Alencar, de 30 anos de idade, grávida de seis meses, foi morta dentro da casa que morava com ele, na manhã de quinta-feira (20). O bebê que ela esperava também morreu. Téodolo foi preso horas depois, com o outro filho dela, de um ano e meio, quando tentava sair da cidade.
“Ele [Teódolo] falou que a mulher explorava ele, com afazeres domésticos, mas era briga normal de todo casal. Ele alega que sentiu essa faca na mão da mulher. Mas o corpo da mulher estava do lado da cama de casal. A polícia acredita que ele matou a mulher dormindo. Ele tentou degolar a mulher”, afirma o delegado responsável pelo caso, Gustavo Coutinho.
O delegado acredita que Teódolo matou a mulher após desconfiar de traição, porque o filho que ela esperava poderia ser de outro homem, já que o primeiro filho dela também era fruto de outra relação.
“Ela estava grávida e ele pode ter achado que estava grávida de outra pessoa. Ela tem um filho de um ano e meio e estava na barriga quando conheceu ele [Teódolo]. Esse filho ela disse para ele que era de outro homem. Quando ela engravidou [novamente], ele desconfiava de traição”, explica.
O homem continua preso nesta sexta-feira (21) e deve passar por uma audiência de custódia, que deve determinar se ele continuará detido. Segundo o delegado, Teódolo poderá responder por feminicídio, aborto e sequestro da criança.
O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para ser periciado. Conforme o delegado, o filho da mulher foi encaminhado para o Conselho Tutelar da cidade.
Reprodução/G1