Polícia

Advogado de Adriano Nóbrega diz que miliciano temia sofrer 'queima de arquivo'

Miliciano, entretanto, não especificou quais informações que teria, de acordo com advogado

NULL
NULL

Resultado de imagem para fotos do capitao adriano nobrega do bope

 

Advogado do ex-capitão da PM do Rio Adriano Nóbrega, Paulo Emílio Cata Pretta disse neste domingo (9) que o miliciano expressou no último contato entre os dois o medo de ser assassinado em uma "queima de arquivo".

O advogado e o miliciano, que foi morto em confronto com a polícia neste domingo em Esplanada, na Bahia, se falaram pela última vez na quarta-feira (5), em um telefonema de 20 minutos. Segundo o advogado, o último contato com o cliente foi uma ligação tensa.

"Ele falou que estava temendo pela vida dele, porque ele tinha certeza, segundo ele me disse, que esta operação para prendê-lo não era para prendê-lo verdadeiramente, mas era para mata-lo. Eu disse que não era bem assim, tentei ponderar, até tentei convencê-lo para que se apresentasse a prisão. Ele falou: “Doutor, se eu fico preso ou se for achado eu vou ser morto”.

Ainda segundo Cata Pretta, Adriano não explicou quais informações teria e quem teria interesse em matá-lo para protegê-las. "Ele falou em queima de arquivo, “temo por ser uma queima de arquivo”, mas eu não perguntei nem quem teria interesse nessa queima de arquivo nem quais eram as informações que ele eventualmente teria", acrescentou.

O advogado aproveitou para questionar a informação divulgada pela polícia da Bahia dizendo que Adriano tinha envolvimento com a morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

"Ou a polícia da Bahia sabe mais do que a polícia do Rio ou isso é uma absoluta inverdade. Adriano nunca foi acusado disso, há na verdade uma ligação contra Ronnie Lessa e Elcio Queiroz – acho que são esses os nomes das pessoas -, e ele nem sequer era suspeito, ele era acusado de formar uma quadrilha na milícia de Rio das Pedras", afirmou, referindo-se ao mandado de prisão expedido contra o ex-capitão durante as investigações da Operação Intocáveis.

O secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa chamou de "estafúrdia" a afirmação de que teria ocorrido uma "queima de arquivo".

"Estapafúrdia. Não temos o menor interesse em suprimir qualquer informação. Prestamos apoio e cumprimos nossa missão institucional. Se havia ou não interesse em prestar colaboração, informações com qualquer tipo de crime, isso não está ao nosso alcance", afirmou.

 

G1// Figueiredo