A delegada Patrícia de Brito Costa Marques, titular da 2ª Delegacia de Homicídio Baía de Todos os Santos (2ªDHBTS), solicitou à Justiça a revogação da prisão preventiva de Pietro Henrique Ferreira Caribé Pereira, 25 anos, estudante de Direito, acusado de matar o torcedor do Bahia Carlos Henrique de Deus, 17, após o clássico Ba-Vi, no dia 9 de abril deste ano. O ofício foi encaminhado no dia 18 de setembro ao juiz do 1º Juízo da 2ª Vara do Júri. Uma audiência está marcada na tarde desta quinta-feira (19) no Fórum Criminal de Salvador, em Sussuarana. No ofício, a delegada justifica o pedido dizendo que “surgiram indícios da autoria divergentes dos que foram observados, nos autos do referido Processo”.
O CORREIO entrou em contato com a delegada que disse que todas as informações serão passadas pela assessoria de comunicação da Polícia Civil.
No entanto, parentes de Pietro disseram ao CORREIO que a reviravolta aconteceu depois de um novo depoimento do frentista Isaías Souza Santos, 27, amigo da vítima e testemunha do caso. Ele voltou atrás, dizendo que não reconheceu Pietro nas imagens das câmeras do posto de combustível da Vasco da Gama, local onde Carlos Henrique foi baleado. A família de Pietro disse que não há nenhuma prova que o coloque na cena do crime, a exemplo do exame de pólvora combusta do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e ao fato de as câmeras no bairro do Garcia mostrarem que Pietro e Thalyne chegam à casa da mãe dele por volta das 18h40 e só saíram às 21h – Carlos Henrique foi morto por volta das 20h. “Até agora, nada prova o envolvimento dele no crime e ele ainda continua preso”, disse Thalyne. A prisão de Pietro resvalou também na família, que diz que vem recebendo ameaças de morte nas redes sociais.
Reprodução: Correio 24 horas