Polícia

Acusado de estuprar estudantes na Ufba diz que roubava para pagar dívida com agiota

Ramon Lima responderá por crimes de roubo, estupro e sequestro.

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A polícia investigou mais de 100 pessoas nas redes sociais para chegar ao responsável por três estupros ocorridos contra estudantes da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador. Preso em casa, no Rio Sena, no Subúrbio, Ramon Tiago Santos de Lima, 24 anos, estava em companhia da namorada. No endereço, a polícia encontrou chaveiro, bolsa e celular das vítimas.

Segundo o delegado Delmar Bittencourt, do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), o rapaz confessou os roubos e, em seguida, assumiu ter praticado os estupros. Lima, que foi preso nesta quinta (26) e não tinha passagem pela polícia até então, ficará preso durante 30 dias e poderá ter a reclusão prorrogada.

A escolha das vítimas era feita de forma aleatória. "Quem estivesse mais distraída ele abordava", relatou Bittencourt durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (27) na sede da Polícia Civil, na Piedade. À polícia, Ramon Lima contou que escolheu a Ufba como local para a prática dos crimes por considerar uma área segura e sem circulação de viaturas. As abordagens ocorriam sempre por volta de 19h.

De acordo com o delegado, o acusado trabalhou por um tempo em uma importante rede da cidade, mas se encontrava desempregado atualmente. Ele alegou ter cometido os crimes de roubo para pagar um agiota e só decidia praticar os abusos sexuais durante a investida. Preso, Ramon Lima vai responder pelos crimes de roubo, sequestro e estupro. Na coletiva, ele se limitou a dizer que estava arrependido pelo que fez.

O total arrecadado com as vítimas foi de aproximadamente R$ 3 mil. O criminoso trocava valores dos cartões das mulheres sequestradas em um posto de combustíveis, que não foi divulgado pelo delegado. "Não conseguimos identificar nenhum vínculo dos frentistas com ele", ressalta o agente.

As vítimas relataram que o bandido usava faca e pistola, mas as armas não foram encontradas. Duas das mulheres foram deixadas no Porto Seco Pirajá após serem estupradas em bairro vizinho ao local em que foram abordadas.

BN // ACJR