A Polícia Federal abriu 48 inquéritos em 25 estados para apurar a suspeita de locaute na greve dos caminhoneiros. A prática consiste em patrões impedirem os trabalhadores de exercer a atividade, o que é proibido.
Com a abertura dos inquéritos, a PF já começou a ouvir representantes de associações que representam caminhoneiros e empresários.
A paralisação da categoria chegou ao oitavo dia nesta segunda-feira (28). Os caminhoneiros protestam contra o aumento no preço do óleo diesel.
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Na última sexta (25), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou que o governo já suspeitava da prática de locaute e, por isso, apuraria se, de fato, estava acontecendo.
Um dia depois, no sábado (26), foi a vez de o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmar que o Palácio do Planalto tem "convicção" de locaute na greve dos caminhoneiros.
Também no sábado, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), vinculado ao Ministério da Justiça, informou que investiga a Federação de Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo em razão de um vídeo no qual a entidade fala em "sumir com caminhões" e em "caos para todo lado".
Quando a investigação foi confirmada, o presidente da federação, Flavio Benatti, afirmou que a intenção "clara" do vídeo é a "conscientização da população sobre a importância do transporte rodoviário de cargas".
G1 // AO