O presidente da França, François Hollande, afirmou neste sábado (14) que os atentados ocorridos em Paris na noite de sexta-feira (13) 'são um ato de guerra do Estado Islâmico'. Ainda de acordo com agências internacionais, Hollande explicou que os ataques foram organizados 'no exterior da França', mas contaram com 'cúmplices no interior do país'.
Pelo menos 128 pessoas morreram durante uma série de ataques na capital francesa, 70 na casa de shows Bataclan. De acordo com o jornal britânico The Guardian, o chefe de polícia da França, Michel Cadot, explicou que, quando a polícia invadiu o local, quatro terroristas se suicidaram detonando os explosivos que carregavam em seus cintos.
O Bataclan é um dos espaços mais famosos de Paris. A informação é de que cerca de mil pessoas estavam no local assistindo um show. Testemunhas que conseguiram sobreviver relataram um cenário de horror no Bataclan, descrevendo uma "carnificina" e "cenário de guerra" – os atiradores usavam metralhadoras AK 47 e por 15 minutos executaram pessoas que estavam na casa de shows.
O britânico Marc Coupris contou sua experiência ao Guardian: "Parecia com um campo de guerra, tinha sangue por todo lado, tinham corpos por todos os lados", contou. "Eles atiraram do terraço. Todo mundo se atirou no chão. Eu estava no chão com um homem em cima de mim e outro do meu lado, encostado na parede", recontou. "Não sei quanto tempo fiquei assim, mas pareceu uma eternidade (…) Pensei: estou acabado. Eu estava aterrorizado. Todos devem ter pensado a mesma coisa", acredita.
Líderes mundiais se solidarizaram com a França. O presidente Barack Obama chamou a França de "aliada mais antiga" do seu país e prometeu fazer todo o possível em busca de justiça. A presidente Dilma Rousseff afirmou estar "consternada" com os ataques e enviou solidariedade ao povo francês.
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