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Obama anuncia plano para fechar prisão de Guantánamo

Projeto realizado pelo Departamento de Defesa será enviado ao Congresso

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira (23) que vai apresentar ao Congresso americano um plano para o fechamento da prisão de Guantánamo, emCuba.

O plano elaborado pelo Departamento de Defesa do país vai ser apresentado ainda nesta terça-feira, afirmou Obama, e tem seu "apoio total", afirmou, em pronunciamento na televisão. Ele conclamou o Congresso a dar um “tratamento justo” à questão e disse que não quer passar o problema para a pessoa que vai sucedê-lo na Casa Branca.

Obama promete desde a sua primeira campanha presidencial fechar o centro penitenciário, que fica em Cuba. Atualmente há 91 detentos no local.

"Quando algo não funciona como previsto, temos que mudar de rumo", afirmou Obama, dizendo que é “largamente reconhecido” que Guantánamo precisa fechar. "Manter esse local aberto é contrário aos valores americanos e mancha a imagem americana no mundo", disse.

Para o presidente, o fechamento da prisão trará economia para o país.

Ele disse que os EUA já mantêm presos em seu território terroristas perigosos. “E administramos bem a situação”, afirmou.

“Deixe-nos fazer o que é certo para a América. Deixe-nos ir adiante e fechar esse capítulo”, disse, no pronunciamento.

 

Os Estados Unidos transformaram a sua base na baía de Guantánamo em uma prisão após os atentados de 11 de setembro de 2001. Para lá foram enviadas centenas de suspeitos de terrorismo. A administração foi acusada de mantê-los em condições como desumanas por organismos internacionais.

Fotos de homens vestidos com macacões laranjas e algemados viraram um símbolo da política externa americana na década de 2000.

Os internos foram qualificados como "combatentes inimigos" e Washington negou a eles os direitos legais que concede às pessoas presas em seu território.

A população de Guantánamo diminuiu recentemente e alguns presos que os Estados Unidos deixaram de considerar perigosos foram repatriados ou enviados a um país de acolhida, como os Emirados Árabes Unidos, Gana.

Foto:  Reprodução/G1