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Lula assume presidência temporária do Mercosul e defende política do "ganha-ganha" em comércio com União Europeia

Embora também integre o Mercosul, a Venezuela está suspensa por "ruptura da ordem democrática", conforme decisão tomada por representantes do bloco em agosto de 2017.

Ricardo Stuckert / Agência Brasil
Ricardo Stuckert / Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse nesta terça-feira (04) como líder temporário do Mercosul, bloco econômico e de integração dos países da América do Sul. A transferência do cargo ocorreu na cidade de Puerto Iguazú, e a gestão do petista deve durar até o final de 2023. 

Durante transferência da chefia, até então comandada pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, o chefe do Executivo brasileiro disse que o bloco deve fortalecer uma política de "ganha-ganha", referindo-se as relações comerciais firmadas entre o bloco e a União Europeia. 

“Estamos aqui para discutir o futuro do Mercosul, o aprimoramento das relações entre Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia", afirmou  

Uma das exigências feitas pela União Europeia para firmar acordos comerciais com o bloco foi a de que os países que o constituem (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e Venezuela) abram mão de compras governamentais de empresas locais em favor das empresas europeias.

"E nós queremos também preparar aqui a proposta de acordo para a União Europeia. Eles fizeram uma proposta, fizemos uma resposta. Mandaram uma carta para nós impondo algumas condições. Não aceitamos a carta”, disse o presidente. 

Venezuela suspensa

Embora também integre o Mercosul, a Venezuela está suspensa por "ruptura da ordem democrática", conforme decisão tomada por representantes do bloco em agosto de 2017. Durante a posse, Lula evitou falar sobre a Venezuela. Na última semana, o presidente se envolveu em polêmica ao defender o comandante da Venezuela, Nicolas Maduro, e dizer que o conceito de democracia "é relativo".