Atos em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniram, nesta quinta-feira (12), em Barcelona (Espanha), a ex-presidente Dilma Rousseff, e em Lisboa (Portugal), Guilherme Boulos, candidato à Presidência da República pelo PSOL. Na capital portuguesa, participaram do evento “O futuro das lutas democráticas: em defesa da democracia brasileira”, no Teatro Capitólio, o ex-ministro Tarso Genro (PT), Catarina Martins (deputada do Bloco de Esquerda de Portugal) e Pablo Iglesias (do Podemos da Espanha).
Após conversar com prefeita da cidade de Barcelona (Espanha), Ada Colau, Dilma Rousseff destacou a importância da “solidariedade internacional” e agradeceu o apoio a Lula. Ela fez ainda menção à Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Só a democracia pode dirigir uma sociedade na qual todos têm iguais oportunidades”.
Dilma pretende ainda viajar para os Estados Unidos para atos em defesa de Lula. Os partidos espanhóis de esquerda Podemos e IU e os sindicatos majoritários CCOO e UGT apoiam os atos.
Portugal
Em Lisboa, Guilherme Boulos afirmou à Agência Brasil que foi a Portugal defender a democracia, não somente a liberdade de Lula, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. “A unidade que estamos discutindo aqui não é de uma candidatura, é pela democracia no Brasil, contra o retrocesso, contra o avanço do fascismo, essa é a unidade que está em jogo no momento”, disse.
Para Tarso Genro, a democracia brasileira vive um momento delicado com ameaças de agravamento da violência e até “desintegração política do país”. Manuela D’Ávila, pré-candidata à Presidência da República pelo PCdoB, enviou um áudio para o evento, pois não conseguiu participar do ato. “Minha pré-candidatura, assim como a do Boulos, é comprometida com a disputa eleitoral democrática, com rumos progressistas para o Brasil”, afirmou Manuela.
Também presente no ato, Boaventura Sousa Santos, pensador, escritor e professor português, defendeu a libertação de Lula e a concessão do Prêmio Nobel da Paz para o ex-presidente.
O ato, em Portugal, foi organizado pela Fundação José Saramago e pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
Com informações da Agência EFE // ACJR