Javier Milei, candidato de ultradireita que disputa neste domingo (19) o segundo turno das eleições presidenciais na Argentina, contra Sérgio Massa, adotou uma postura semelhante ao do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), nas eleições de 2022.
A campanha de Milei, segundo O Globo, apresentou nesta quinta-feira (16) uma denúncia acusando sem provas a Gendarmaria Nacional, principal força de segurança do país, de alterar "o conteúdo das urnas e a documentação" em benefício do postulante que representa a atual gestão do país.
A alegação surge a poucos dias do pleito segundo turno e é mais uma de uma série de ações impetradas pelo partido do ultradireitista (Liberdade Avança) que ajudam semear dúvidas sobre o processo de votação na Argentina.
A ação foi apresentada formalmente à corte eleitoral por Karina Milei, irmã do candidato ultradireirista, e denuncia uma "fraude colossal" na entrega das urnas às forças de segurança, cujos membros, "juntamente com os chefes regionais", teriam supostamente mudado "o conteúdo das urnas e a documentação de outras que modificaram em favor do partido governista e de Sergio Massa, o que alterou consideravelmente o resultado eleitoral".
Segundo o partido, as violações teriam sido informadas por fontes que "preferem permanecer anônimas" por motivos de segurança. Em resposta, a justiça eleitoral disse que levará o caso à Câmara Nacional Eleitoral (CNE) e aos distritos, e pontuou que os partidos estão autorizados por lei a vigiarem as urnas até o final da votação, procedimento comum nos pleitos do país.
