Nos últimos dias, Adriana e Diana López, irmãs de Leopoldo López, recolheram quase 32 mil assinaturas a favor de uma inspeção internacional nas prisões venezuelanas. Ambas solicitam audiência a autoridades da Organização de Estados Americanos (OEA) e da União de Nações Sul-americanas (Unasul). Ao globo, Adriana, que vive nos EUA, denunciou que “os mais de 80 presos políticos venezuelanos estão sendo tratados de forma desumana”. Um dia após a mãe, Antonieta, ter visitado López depois de três semanas de isolamento, Adriana assegurou que ele está “muito magro, perdeu musculatura, mas continua sereno e disciplinado”.
Como foi o encontro entre López e a mãe?
Foi uma conversa longa. Fazia quase um mês que minha mãe não o visitava.
Como está a saúde dele?
Minha mãe o encontrou muito magro. Ele perdeu cerca de dez quilos e muita musculatura, mas continua sereno e disciplinado. Ainda está coerente em seus raciocínios, toma água a cada 20 minutos e evita estar deitado. Parece que sentado gasta menos energia. Leopoldo faz muita meditação, ora e lê, especialmente textos de Santo Inácio de Loyola. Ele tem capacidade para continuar assim por um tempo. Não sofreu desmaios, está inteiro.
Já são três semanas de greve de fome…
Sim, e o que preocupa é que o governo não autoriza a entrada de nossos médicos, nem dos da Cruz Vermelha. Temos apenas o diagnóstico físico e psíquico dos médicos da prisão, que não são de confiança.
A senhora e sua irmã estão recorrendo a organizações internacionais?
Estamos e já temos quase 32 mil assinaturas a favor de uma intervenção externa nas prisões de nosso país. Estamos pedindo audiências com o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, e com o da Unasul, Ernesto Samper.
Foto: Reprodução/O Globo