Dezenas de marinheiros seguem desaparecidos após o naufrágio de um navio cargueiro japonês, na aproximação do ciclone Haishen, que deve atingir o país nas próximas horas com ventos de 290 quilômetros por hora.
Autoridades japonesas suspenderam neste sábado (5) as buscas pelos desaparecidos, quando fortes ondas e o clima hostil impediram os barcos de resgate de continuarem as operações. As buscas foram retomadas apenas com a ajuda de uma aeronave.
Coreia do Sul em alerta por causa do tufão Maysak
"Retomamos as operações de busca esta manhã usando um avião", disse um oficial da Guarda Costeira. “Mas devido às fortes ondas, não podemos enviar barcos para lá”, acrescentou, afirmando não ter ideia do paradeiro dos tripulantes desaparecidos.
O navio Gulf Livestock 1, com 43 tripulantes e carregado de cerca de 6.000 vacas, fez um pedido de socorro na quarta-feira (2) perto da Ilha Amami Oshima, após ser atingido pelo ciclone Maysak.
Um primeiro sobrevivente foi resgatado naquela tarde, enquanto o cadáver de um marinheiro afogado foi recuperado na sexta-feira (4). A tripulação era composta por 39 filipinos, dois neozelandeses e dois australianos. Um segundo sobrevivente foi resgatado na sexta-feira.
O barco, que já havia experimentado problemas de motor, estava viajando de Napier, na Nova Zelândia, para o porto chinês de Tangshan.
Alerta máximo
Ainda mais potente, o ciclone Haishen deve atingir o Japão na tarde deste sábado, transformando-se em uma tempestade "violenta" que deve atingir o ponto mais alto da escala climática japonesa. "Decidimos suspender toda a nossa operação" até que o ciclone passe, disse o chefe da guarda costeira.
Neste sábado, o ciclone Haishen se aproxima de Okinawa, no sul do Japão. O governo pediu à população que se recolha em abrigos. Cerca de 1.300 residentes da Ilha Minamidaitojima, a leste de Okinawa, foram convocados a deixar suas casas. “Pedimos a todos os moradores da ilha que se coloquem em alerta máximo porque os ventos estão cada vez mais fortes ”, alertou Hidehito Iha, do governo local.
Dezenas de pessoas também estão sendo retiradas por soldados a bordo de um helicóptero militar do aeroporto de Kagoshima, na Ilha de Kyushu.
A montadora Toyota anunciou a interrupção de suas atividades até segunda-feira (7) em pelo menos três fábricas em Kyushu, enquanto as empresas Canon e Mitsubishi Electric estudam medidas semelhantes.
Quase uma centena de voos foram suspensos, de acordo com a televisão pública NHK, e linhas dos trens de alta velocidade, o Shinkansen, podem ser interrompidas no oeste do arquipélago.
Reprodução: G1 – Mundo
da Redação do LD