Estados Unidos e Coreia do Sul iniciaram nesta segunda-feira (4) um grande exercício aéreo conjunto poucos dias depois do lançamento de um míssil intercontinental norte-coreano. A operação foi considerada por Pyongyang de "provocação total".
O exercício de cinco dias, batizado de Vigilant Ace, envolve mais de 230 aviões, incluindo caças F-22 Raptor, e mobiliza dezenas de milhares de soldados.
Durante o fim de semana, o jornal estatal norte-coreano “Rodong” denunciou as manobras. "É uma provocação aberta, em todos os níveis, contra a Coreia do Norte, que poderia resultar em uma guerra nuclear a qualquer momento", afirmou a publicação em um editorial.
"Os belicistas americanos e sua marionete sul-coreana fariam bem em recordar que seu exercício militar dirigido contra a Coreia do Norte será tão estúpido como um ato que precipita sua autodestruição", completou.
O ministério norte-coreano das Relações Exteriores acusou no sábado o governo de Donald Trump de "querer a guerra nuclear a qualquer preço" com esta simulação aérea.
O exercício anual começou cinco dias depois do teste norte-coreano de um míssil balístico intercontinental (ICBM), supostamente capaz de atingir o território dos Estados Unidos.
Em um momento de grande tensão, no domingo (3) o influente senador republicano Lindsey Graham citou o fantasma de uma guerra preventiva.
"Se acontecer um teste nuclear subterrâneo, será necessário estar preparado para uma resposta muito séria dos Estados Unidos", advertiu o congressista em uma entrevista ao canal CBS.
Fonte: G1 // AO