Mundo

EUA e Coreia do Norte têm longo histórico de tensões

Estados Unidos e Coreia do Norte, que acertaram uma reunião entre seus líderes, Donald Trump e Kim Jong-Un, têm um longo histórico de tensões

NULL
NULL

EUA e Coreia do Norte têm longo histórico de tensões

Estados Unidos e Coreia do Norte, que acertaram uma reunião entre seus líderes, Donald Trump e Kim Jong-Un, têm um longo histórico de tensões, que remonta à Guerra da Coreia.

– Península coreana dividida –

Em 1945, a ocupação japonesa da Península da Coreia termina com sua derrota na Segunda Guerra Mundial. A Coreia é dividida pelo paralelo 38 entre o Norte, governado por Kim Il-Sung com o apoio soviético, e o Sul, protegido pelos Estados Unidos.

Em junho de 1950, a Coreia do Norte invade o Sul com o apoio da China e da União Soviética. Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos retoma Seul.

Em julho de 1953 é firmado um armistício que jamais se converteu em um acordo de paz, e Washington adota sanções contra a Coreia do Norte.

– Crise do “navio espião” –

Em janeiro de 1968, a Coreia do Norte captura o USS Pueblo, um “navio espião” americano. Seus 83 tripulantes são libertados após 11 meses de detenção. Segundo Pyongyang, o navio violou suas águas territoriais, algo que os Estados Unidos nega.

Em 1969, a Coreia do Norte derruba um avião de reconhecimento americano.

– Contatos –

Em junho de 1994, o ex-presidente americano Jimmy Carter realiza uma inédita viagem à Coreia do Norte, com a autorização do então presidente, Bill Clinton.

Em outubro, três meses após a morte de Kim Il-Sung, que é sucedido por seu filho Kim Jong-Il, Pyongyang e Washington firmam um acordo bilateral no qual a Coreia do Norte se compromete a desmantelar seu programa nuclear militar em troca de ajuda para a construção de reatores civis.

Em 1998, a Coreia do Norte realiza um tiro de míssil balístico de longo alcance, mas um ano depois Kim Jong-Il decreta uma moratória de seus testes de mísseis e Washington alivia as sanções.

Em outubro de 2000, a então secretária americana de Estado, Madeleine Albright, se reúne com Kim em Pyongyang.

– “Eixo do mal” –

Em janeiro de 2002, o presidente americano George W. Bush situa Coreia do Norte, Iraque e Irã no que chama de “Eixo do mal”.

Em outubro do mesmo ano, Washington acusa Pyongyang de conduzir um programa secreto de urânio altamente enriquecido, violando o acordo de 1994.

Em agosto de 2004, Pyongyang declara que é “impossível” participar de novas negociações com os Estados Unidos sobre seu programa nuclear, qualificando Bush de “tirano” pior que Hitler e “imbecil político”.

Em 2006, a Coreia do Norte realiza seu primeiro teste nuclear.

– Retirada da lista negra –

Em outubro de 2008, Washington retira Pyongyang da lista negra de países que apoiam o terrorismo, na qual figurava desde 1988 por seu suposto envolvimento na destruição, em 1987, de um avião comercial sul-coreano (com 115 pessoas a bordo), em troca do controle de “todas as instalações nucleares” do regime comunista.

AFP // AO